Acabadinho mais um dia de aulas,
numa terça-feira, com as festividades do quarto aniversário da Biblioteca
Escolar ainda frescas na nossa memória – a saber, no Dia da Mulher -, o Centro
Escolar recebeu pais e avós numa tertúlia na qual brilharam duas nutricionistas
na exposição de um assunto que interessa a todos: a alimentação e a sua
importância nas aprendizagens. Não porque comer seja um dos maiores prazeres
que levamos desta vida, mas porque comer bem é essencial para uma vida
saudável. E não há nada que pague uma vida sem azias, diabetes e desarranjos
intestinais.
A tertúlia começou com a
professora Claudina a contar uma história de um lobo que queria fazer um bolo
de maçã e que foi saltitando de história em história à procura da receita e dos
ingredientes!
Numa sucessão de diapositivos, as
formadoras, Adriana e Juliana, prestaram homenagens merecidas às vitaminas da
fruta, aconselharam o consumo variado da mesma e recomendaram-na como
alternativa aos produtos açucarados que, já sabemos de sobejo, são nocivos à
nossa saúde.
Mas a sessão não se ficou pelas
palavras: fomos conduzidos ao refeitório e, depois de devidamente equipados,
com uma touca a abocanhar-me a guedelha e avental a cobrir peito e ventre,
confecionámos uma piza e um bolo. Uma piza e um bolo, perguntam vocês de queixo
caído e lampejos de perplexidade nos olhos. “Mas o objetivo não era adotar bons
hábitos alimentares? E agora fazem uma piza? E, como se não bastasse, um bolo?
Sim.
Os maus hábitos não se perdem da
noite para o dia. Há que habituar o corpo a novas rotinas, porém, de forma
gradual e faseada. Se gosto de piza, poderei comê-la, mas por que não com
ingredientes mais nutritivos e menos calóricos que aqueles que servem por norma
de condimentos à mesma? Já se imaginaram a degustar uma fatia de piza com
travos de couve-flor? Ou puré de cenoura de chocolate de culinária a crepitar
novos sabores nas boquinhas gulosas?
Professor Paulo Silva