Nesta semana, os alunos de Expressão Dramática (ED) do 5.º ano têm vindo à biblioteca escolar para ensaios abertos do sketch baseado no poema "Ah! Minha Dinamene! Assim deixaste" de Luís Vaz de Camões, perante colegas de várias turmas.
No dia 6 de maio, terça-feira:
No final de cada ensaio, a professora de ED Ana Paula Cordeiro conversou com todos os presentes sobre a encenação apresentada, pedindo críticas construtivas e sugestões.
Com a colaboração de todos, a recriação da cena do naufrágio de Camões nos mares da Conchinchina (perto da costa do Camboja, junto à foz do rio Mekong) vai-se aperfeiçoando!
Deixamos o poema:
Ah! minha Dinamene! Assim deixaste
Ah! minha Dinamene! Assim deixaste
Quem não deixara nunca de querer-te!
Ah! Ninfa minha, já não posso ver-te,
Tão asinha esta vida desprezaste!
Como já pera sempre te apartaste
De quem tão longe estava de perder-te?
Puderam estas ondas defender-te
Que não visses quem tanto magoaste?
Nem falar-te somente a dura Morte
Me deixou, que tão cedo o negro manto
Em teus olhos deitado consentiste!
Oh mar! oh céu! oh minha escura sorte!
Que pena sentirei que valha tanto,
Que inda tenha por pouco viver triste?
Luís Vaz de Camões (1524-1525)
Fonte das imagens:
Professora Bibliotecária Isabel Belchior.
"Naufrágio de Camões" pelo Pintor Carlos Alberto, episódio constante na biografia de Camões contada em 124 cromos desenhados por Carlos Alberto, conceção de Mário de Aguiar, apoio literário de José de Oliveira Cosme, em edição da Agência Portuguesa de Revistas de 1966.